Pergunto, escrevo, me pergunto, tento entender, penso que entendo, não entendo, entendo... prefiro viver assim a nunca tentar, nunca evoluir.
terça-feira, 10 de agosto de 2010
É (só) saudade
"Não, hoje não será diferente... a confusão continua. O certo a fazer, pelo menos por ora, é deixar de pensar. Coisas simples me admiram e é engraçado ver a dimensão, a mudança, o tempo em que mudanças bruscas acontecem. O que ontem não fazia sentido, hoje faz e muito. O que ontem era importante hoje é completamente descartável. Conseguir ver o valor nas coisas simples e achar estranho que nem todos vêem assim. Olhar para anos, meses, semanas atrás e ver que certas coisas não importam mais, que a carcaça é o de menos, que as atitudes comandam, que a decepção é inevitável quando a esperança depositada é grande. Ver que têm pessoas que simplesmente não mudam, pessoas que não vão dar o valor "certo" para certas coisas, e talvez quando deem a regra se repita, será tarde demais. Ver que o certo para você pode não ser o certo mesmo, e que você só vai ver isso daqui um tempo quando estiver calejada o suficiente para olhar pra trás e ver quão insignificante foi aquela atitude e que aquilo realmente não era o certo. Olhar pra trás e ver que dói MESMO saber que não importa o quanto você goste, se importe, procure, diga que sente falta, existem pessoas que simplesmente não gostam, não se importam, não procuram, não dizem que sentem falta, e principalmente não estão nem ai se você faz tudo isso. Daí você vê que tem que dar valor para aqueles que te querem bem, isso facilita as possibilidades de não se decepcionar. É quando você aprende também que brincar com sentimento dos outros é a última coisa que deve ser feita nesse mundo, que isso machuca e deixa marcas. Você pode perdoar, você pode seguir, você pode esquecer, mas inconscientemente aquela marca vai estar com você e muitas vezes te impedindo de seguir em frente. Mas aí também você conhece pessoas encantadoras, que depois de tanto tempo sem acreditar em qualquer tipo de sentimento, te faz ter esperanças de novo, te faz querer... mas nem tudo é fácil, e sinceramente? As vezes você nem quer que seja. Você aprende que uma conversa, um olhar, o jeito, a maturidade, pode encantar muito mais do que alguns contatos físicos. Mas que também existem momentos que viram lembranças, e que dentro deles palavras foram ditas e a saudade é tanta que sua vontade é sair, procurar e dizer tudo aquilo que sente . A saudade é grande, e se manifesta de diferentes maneiras por diferentes pessoas. Tem aquela saudade do que te faz bem, daquilo que você quer ainda quer, aquele que você ainda pensa, que você lembra, que você deseja, mas que você precisou deixar ir. Tem a saudade daquilo que NÃO EXISTE, não, foi uma criação, nunca existiu. A saudade daquilo que você sabe que nem vale a pena sentir saudade, sentimento este que você está eliminando aos poucos. E a saudade daquela que te completa, aquela que está longe, aquela que estava aqui há tão pouco tempo, a minha metade. Saudade de quando a inocência era tanta que por mais que você sofresse, as coisas eram fantásticas, eram mágicas... e eram simples pelo simples fato de você acreditar e não desconfiar. Você descobre também que é tolo guardar pra você o que você sente pelas pessoas, que você deve falar, que amanhã pode ser tarde demais, mas é difícil quando aparecem bloqueios naturais e você só consegue dizer tudo o que sente, sem medos, receios... aqui. "
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